Texto e foto: Camila Graziela
Estudos
sociológicos apontam que não é somente a mulher que sofre com a violência, mas
também o corpo familiar, fazendo com que isso se torne um ciclo de violência
Com
intuito de chamar atenção para o dia 25 de novembro, data escolhida para marcar
o Dia Internacional de Luta Contra Violência à Mulher, a Prefeitura de
Araçatuba, por meio das Secretarias de Assistência Social (SMAS) e de
Participação Cidadã (SMPC), realizou uma palestra sobre violência contra a
mulher, na manhã desta terça-feira (25).
Organizado
pelo Centro de Referência da Mulher (CRM), o evento ocorreu no Teatro Municipal
Paulo Alcides Jorge. Estiveram presentes os secretários Marta Dourado (Assistência
Social) e Alex Lapenta (Participação Cidadã); a presidente do Conselho
Municipal da Mulher, Cidinha Lacerda, o vereador Rivael Papinha e a ex-titular
da Delegacia da Mulher de Araçatuba, Ana Lúcia de Souza, palestrante do evento.
Conscientização
Marta
Dourado destacou a importância de se fazer políticas públicas, quesito no qual,
segundo ela, Araçatuba tem feito o dever de casa. “A violência se manifesta de
várias formas, por isso é importante termos equipamentos como o CRM para
acolher as mulheres vitimizadas da violência. E isso, graças ao prefeito Cido
Sério. O CRM traz segurança para as mulheres que tiveram seus direitos
violados”, disse a secretária.
O
secretário Alex Lapenta ressaltou que estas datas servem de motivação para
chamar as mulheres para dialogar e, com isso, promover uma reflexão sobre o
tema. Cidinha Lacerda, por sua vez, disse que mais importante do que datas
afirmativas de direitos como a de hoje, é conscientizar a sociedade e fazer com
que o usuário tome posse dos equipamentos da rede de proteção. Na sequência,
Ana Lúcia palestrou sobre o assunto.
Formas de violência
A
palestrante abordou os diversos
tipos de violência contra a mulher, que são a doméstica, a física, a
psicológica, a moral e a sexual. “Temos que acabar com o mito de que em briga
de marido e mulher não se mete a colher. Porque isso envolve muita gente”,
comentou.
Ainda
de acordo com Ana Lúcia, estudos sociológicos apontam que não é somente a
mulher que sofre com a violência, mas também o corpo familiar, fazendo com que
isso se torne um ciclo de violência. “A sociedade está despreparada para lidar
com a violência. Por isso é importante estarmos aptos para interferir nesse
processo de violência e cessá-lo”, frisou a profissional. Ao final, foi aberto
espaço para que o público fizesse perguntas e tirasse eventuais dúvidas.
O
evento teve como público-alvo os Agentes Comunitários de Saúde. Segundo o
secretário Alex Lapenta, os agentes têm contato direto com a população.
“Optamos por qualificar os agentes de saúde, por eles terem acesso às
residências, pode ser um elo entre a mulher vítima de violência e o socorro”,
explicou o secretário.
Segundo
a secretária de Assistência Social, Marta Dourado, o CRM é parte essencial da
rede de atendimento à mulher vítima de violência. “Este centro tem um papel
importante também no enfrentamento e prevenção da violência, dando às mulheres
atendidas suporte psicológico, social e jurídico”, disse a secretária.
Violência
Consta
na cartilha do CRM que a violência contra a mulher é uma realidade mundial, estando
presente em todas as culturas e em todos os lugares, não escolhendo raça,
idade, classe social, nem religião, não respeita nenhuma condição e atinge toda
a família. Além de uma violação dos direitos das mulheres, é também uma questão
de saúde pública, pois em suas mais variadas formas, machuca as vítimas tanto
física quanto psicologicamente.
A
data de 25 de novembro de 1960 ficou conhecida mundialmente por conta do maior
ato de violência contra mulheres. As irmãs dominicanas Pátria, Minerva e Maria
Teresa, conhecida como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções sociais de seu
país, foram perseguidas, diversas vezes presas, até serem brutalmente
assassinadas. Em 25 novembro de 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU)
instituiu a data como o Dia Internacional de Luta contra a Violência à Mulher.
O CRM
O
Centro de Referência da Mulher (CRM) Josymary Aparecida Carranza foi criado em
Araçatuba em 2010, com o objetivo de acolher mulheres vítimas de violência e
contribuir para que elas conquistem a autossuficiência e resgatem a autoestima.
Localizado na rua Chiquita Fernandes, 615, no jardim Bandeiras, possui
capacidade de atendimento variada. Atualmente, 58 mulheres são acompanhadas
pelo CRM, que funciona das 8h às 17h.
Entre
os serviços ofertados estão acolhimento, atendimento socioassistencial,
atendimento psicológico e orientação jurídica. Ainda há oficinas de reflexão e
encaminhamentos para outros programas da Rede de Proteção Social. Também fazem
parte do trabalho do CRM visitas domiciliares, palestras de divulgação e
contatos interinstitucionais, entre outras ações. Juntamente com outros 15
programas da Secretaria Municipal Assistência Social (SMAS) de Araçatuba, o CRM
é gerido pela Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates (AAERP) desde
o dia 23 de abril de 2014.
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Secretaria Municipal de Assistência Social – SMAS
Prefeitura Municipal de Araçatuba – PMA
(18) 3636-1260
www.aracatuba.sp.gov.br
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