Texto: Camila Graziela
A Prefeitura de Araçatuba promoveu solenidade com palestra em comemoração aos nove anos da Lei Maria da Penha. A iniciativa foi da Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Centro de Referência da Mulher (CRM), em parceria com a Secretaria Municipal de Participação Cidadã.
O evento ocorreu na
quinta-feira (6), no Teatro Municipal Paulo Alcides Jorge, com as presenças das
secretárias municipais Marta Dourado (Assistência Social), Cidinha Lacerda
(Participação Cidadã), que representou o prefeito Cido Sério, e do vereador Cido
Saraiva, presidente da Câmara. A palestrante Marilda Lemos é docente na
faculdade de serviço social do Unisalesiano.
Para a secretária Marta
Dourado, somente a implantação da lei não é suficiente para o bom
funcionamento. “Para a lei sair do papel e passar a valer é necessário que
políticas públicas sejam adotadas. E, nesse sentido, as mulheres de Araçatuba
estão muito bem amparadas, pois temos o CRM, criado especialmente para acolher
a mulher vitimizada”.
Cidinha Lacerda destacou
que o evento é importante por marcar a data de criação da Lei 11.340, que leva
o nome de Maria da Penha Maia Fernandes, mulher que lutou por 20 anos para ver
seu agressor preso. “Essa lei foi um grande avanço, porque a violência contra a
mulher não existia no papel. Por isso temos que comemorar essa data tão
importante para nós, mulheres”.
MARIA DA PENHA
Maria da Penha Maia
Fernandes é biofarmacêutica cearense e foi casada com o professor universitário
Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983, ela sofreu a primeira tentativa de
assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia.
Viveros foi encontrado na
cozinha, gritando por socorro e alegando que o casal tinha sido atacado por
assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica. A
segunda tentativa de homicídio ocorreu meses depois, quando ele a empurrou da
cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la no chuveiro.
A Lei Maria da Penha
estabelece que todo caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, deve
ser apurado por meio de inquérito policial e ser remetido ao Ministério
Público. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de Violência
Doméstica contra a Mulher, criados a partir dessa legislação, ou nas Varas
Criminais, nas cidades onde ainda não existem.
CRM
O Centro de Referência da
Mulher Josymary Aparecida Carranza foi criado em Araçatuba no ano de 2010, com
o objetivo de acolher mulheres vítimas de violência e contribuir para que elas
conquistem autossuficiência e resgatem a autoestima. Localizado na rua Chiquita
Fernandes, 615, no jardim Bandeiras, possui capacidade de atendimento variada.
Atualmente, 58 mulheres são acompanhadas pelo CRM, que funciona das 8h às 17h.
Entre os serviços
ofertados estão acolhimento, atendimento socioassistencial, atendimento
psicológico e orientação jurídica. Ainda há oficinas de reflexão e
encaminhamentos para outros programas da Rede de Proteção Social. Também fazem
parte do trabalho do CRM visitas domiciliares, palestras de divulgação e
contatos interinstitucionais, entre outras ações. Juntamente com outros 15
programas da Secretaria Municipal de Assistência Social, é gerido pela
Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates (AAERP) desde o dia 23 de
abril de 2014.
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Secretaria Municipal de Assistência Social – SMAS
Prefeitura Municipal de Araçatuba – PMA
(18) 3636-1260
www.aracatuba.sp.gov.br
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(18) 3636-1260
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