terça-feira, 6 de março de 2012

Mulheres são valorizadas pela Assistência Social

A Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), tem adotado medidas que colocam a mulher araçatubense em destaque, com foco na dignidade humana e inclusão social. A Administração construiu equipamentos novos, reestruturou programas, investiu na qualificação profissional, iniciou novos cursos e oficinas, entre outras ações.
Com isso, o atendimento às mulheres foi ampliado e os benefícios atingem toda a família. O principal espaço dedicado exclusivamente à mulher é o CRM (Centro de Referência da Mulher) Josymary Aparecida Carranza, apresentado em 8 de março de 2010 (Dia da Mulher) e inaugurado em maio do mesmo ano. O local já prestou 4,7 mil atendimentos a 2,4 mil pessoas desde que iniciou as atividades.

Entre os serviços ofertados estão acolhimento, atendimento socioassistencial, atendimento psicológico e orientação jurídica. Ainda há oficinas de reflexão e encaminhamentos para outros programas da rede de proteção social e demais órgãos. Também fazem parte do trabalho do CRM visitas domiciliares, palestras de divulgação, contatos interinstitucionais, entre ouras ações.
AUTOESTIMA
Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Cidinha Lacerda, o CRM foi criado com o objetivo de acolher a mulher vitimizada e contribuir para que ela conquiste autossuficiência e resgate a autoestima. Para tanto, a SMAS possui programas ou centros que auxiliam nesse processo. São os casos dos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), que juntos atendem cerca de 4 mil famílias em Araçatuba.

“Quando assumimos a gestão, havia dois CRAS, com poucos profissionais e oferta de atividades. A Administração construiu duas novas unidades, reestruturou as que já existiam, ampliando, inclusive, o número de funcionários”, diz Cidinha. Com isso, segundo a secretária, a qualidade dos serviços oferecidos aumentou.

PROGRAMAÇÃO
De acordo com ela, cada unidade tem a sua programação, e entre as atividades mais procuradas estão oficinas de corte e costura, bordado e as aulas de ioga, oferecidas pelos CRAS do São José, Jussara, Etemp e Umuarama. Esta última unidade passou a contar, desde o mês passado, com aulas de hidroginástica.
Ao todo, 26 pessoas estão inscritas, todas mulheres. Nas aulas de ioga, também é maciça a presença feminina. Dos 100 participantes, 96 são mulheres. Outra atividade que se destaca é o Projeto Qualificar, realizado no CRAS do São José.

“FASHION DAY”
No local, as mulheres participam de oficina de corte e costura, que resulta, no final do ano, em evento que tem sido chamado de “CRAS Fashion Day” (vídeo). Nele as mulheres desfilam com roupas por elas confeccionadas durante a oficina. “Essas atividades são importantes porque dão visibilidade à mulher, resgatam sua autoestima e mostram seu valor”, disse Cidinha.

A secretária ainda lembra que nos dois últimos a prefeitura ofereceu cursos na área de beleza, entre os quais o de cabeleireira, modelagem de sobrancelha e de manicure e pedicure. Cidinha ressalta que apesar de os CRAS serem equipamentos para toda a família, as mulheres são as que mais participam.



RESPONSABILIDADES
Ela diz que mais de 90% do público atendido nos centros de referência é composto por mulheres e que isso se justifica porque muitas delas chefiam as famílias. “Há muitos casos de mulheres separadas ou viúvas e que cuidam sozinhas dos filhos, ou situações em que até há a figura do pai, mas que a mãe precisa assumir todas as responsabilidades”, afirma.

Conforme a secretária, o trabalho feito na área nos últimos três anos é revolucionário. “Com a reestruturação dos CRAS e outras ações, alinhamos nossas políticas ao que determina o Sistema Único de Assistência Social. Substituímos uma visão assistencialista para adotarmos um modelo que vê na assistência social um direito, uma contribuição para o desenvolvimento da pessoa”, enfatiza.

DIREITOS
Entre esses direitos está o da moradia digna. De acordo com Cidinha, a Administração Municipal priorizou essa questão a partir de 2009. “Nesse ano, começamos a construir o Condomínio Vitória, que tem 38 casas, e inscrevemos Araçatuba no programa Minha Casa Minha Vida”, destaca a secretária.
Ela ressalta que já no começo de 2010, o Condomínio Vitória foi inaugurado, e os contratos foram assinados no nome da mulher. “No Minha Casa Minha Vida, o critério principal também foi o de favorecer as mulheres. A Prefeitura e o Governo Federal possibilitaram a construção de mais de 1,5 mil casas nos conjuntos habitacionais Jardim Atlântico e Porto Real, no ano passado”, disse Cidinha.

REDE
A titular da Assistência Social ainda enfatiza a intersetorialidade como uma das características dessa nova visão para a assistência social. “No caso da atenção à mulher o trabalho em rede tem sido fundamental, pois uma pessoa encaminhada pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que é acolhida no CRM, pode ser encaminhada para um dos CRAS ou equipamentos de saúde, como o Hospital da Mulher”.

Conforme Cidinha, a estrutura da secretaria ainda conta com o Conselho Municipal da Mulher, que auxilia o poder público na formulação de políticas públicas. Ela ainda lembra que a participação da mulher encontrou ainda mais espaço com a criação da Coordenadoria da Mulher, vinculada à Secretaria Municipal de Participação Cidadã, e do Fórum Araçatubense de Mulheres, parceiros da Assistência Social na atenção ao segmento feminino.

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