Segundo a coordenadora do CRM, Fernanda da Silva Piovesan, as mulheres vitimizadas pertencem a várias classes sociais e quando procuram o centro estão bastante fragilizadas. “Em geral, elas estão com a autoestima baixa e precisam de um acompanhamento que permita a elas resgatar a sua dignidade”, afirma. “Além disso, fazemos um trabalho de socialização e de fortalecimento da mulher, para que ela busque a emancipação e se valorize”.
Fernanda afirma que os agressores são principalmente maridos ou companheiros. Para atender as mulhres, o CRM conta com uma equipe multidisciplinar composta por advogada, psicólogas e assistentes sociais. “Nós recebemos a mulher vitimizada e, dependendo do caso, ela pode ser encaminhada para equipamentos sociais, como os CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), faculdades de psicologia (FEA e Unip, parceiras nos atendimentos) ou para o Ambulatório Municipal de Saúde Mental”, disse.
Reflexão
Segundo a coordenadora, o centro também esclarece dúvidas das mulheres e promove atividades como Oficina de Reflexão, em aulas que ocorrem quinzenalmente. Na oficina, as mulheres trocam informações e experiências com o objetivo de superar as adversidades. Fernanda (foto) lembra que o atendimento oferecido pelo CRM não tem o objetivo de sugerir a separação de casais nem "demonizar" os parceiros. “Nós auxiliamos a mulher a refletir sobre sua vida com o companheiro, para que ela pondere sobre a relação”, diz.
A coordenadora destaca que a maioria das atendidas tem idade entre 30 e 55 anos. Sobre esses seis meses de atendimento, Fernanda diz que, embora parte da população ainda não conheça o local, o balanço é positivo. “Temos conseguido resgatar a autoestima das mulheres, além de mostrar as possibilidades que elas têm de se emancipar”. De acordo com Fernanda, ao ser encaminhada para um CRAS, a mulher pode participar de cursos de capacitação e oficinas, como a de yoga, dança do ventre e jazz.
Divulgação
Com o objetivo de difundir o CRM, a coordenadora destaca também que nos próximos dias serão fixados cartazes do centro de referência em todas as escolas estaduais e municipais, unidades de saúde, em coletivos da TUA (Transportes Urbanos de Araçatuba) e demais pontos de muita circulação, como rodoviária, delegacias e igrejas. Também serão distribuídos fôlderes, cujos modelos seguem abaixo (para ver a imagem maior, clique nela).

Além disso, o centro vai atuar em parceria também com a Coordenadoria da Mulher, da Secretaria Municipal de Participação Cidadã. “Já atuamos de forma integrada com os equipamentos sociais, secretarias e órgãos públicos, como a Delegacia de Defesa da Mulher. Mas queremos fortalecer a rede para que a mulher seja cada vez mais valorizada”, destaca Fernanda.

Carro
Ela ainda enfatizou que recentemente o CRM ganhou um carro, da marca Gol, adquirido graças à emenda parlamentar da deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT). “O automóvel veio para completar nossa estrutura, que é muito boa”, afirma.
Serviço
Fernanda recomenda que a mulher que estiver sofrendo algum tipo de violência - seja ela física ou psicológica - ou queira apenas informações procure o CRM, que atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Ele está instalado na rua Chiquita Fernandes, 615, Vila Bandeirantes. O atendimento é gratuito e sigiloso. Mais informações: 3608-4452.
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