quarta-feira, 9 de junho de 2010

Educadoras da rede municipal recebem capacitação sobre trabalho infantil

Cerca de 60 diretoras, coordenadoras e professoras de escolas da rede municipal de ensino e de unidades do Cemfica (Centro Municipal de Formação Integral da Criança e do Adolescente) passaram por uma capacitação na manhã desta quarta-feira (9), na Secretaria da Educação. O curso foi a primeira atividade da campanha de combate ao trabalho infantil, que a Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria de Ação Social, promove até o dia 18. O evento faz alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado neste sábado (12).

As atividades estão sendo organizadas por um dos programas da SAS, o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), cuja equipe técnica ministrou o curso desta manhã. A capacitação também teve uma dinâmica em grupo e palestra com a auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, Maria Vanda do Nascimento. O objetivo do curso foi explicar para as educadoras o que é o trabalho infantil, formas de prevenção, como identificar os casos e fazer os encaminhamentos.

Na ocasião, a palestrante convidada apresentou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e falou sobre legislação. Com base na sua experiência junto ao ministério, a auditora fiscal afirmou qua a situação do trabalho infantil não está necessariamente ligada à pobreza. “Há também fatores culturais que levam muitos pais a permitir que seus filhos trabalhem. Ainda vigoram alguns conceitos errados como aquele segundo o qual o trabalho forma o caráter e que, por isso, é necessário começar logo cedo”, disse Maria Vanda.

“Criança não trabalha”

Ela enfatizou que, na verdade, o ideal é que a criança se dedique aos estudos, tenha tempo para brincar e, na fase adolescente, seja preparada para o mercado de trabalho por meio de qualificações. Seguindo a mesma linha da auditora fiscal, o psicólogo do Peti, Edson Neves Terra Júnior, apresentou o programa responsável em Araçatuba por combater, com medidas socioeducativas e de transferência de renda, situações de trabalho infantil.

O psicólogo destacou a importância das ações em rede para que as atividades sejam coibidas. “O Peti sozinho é inviável no combate ao trabalho infantil, por isso contamos com o apoio dos órgãos instituídos e com a parceria de vocês (educadoras)”, disse Terra Júnior. A coordenadora do Peti, Olga Cristina Saito (foto acima, de pé), também ressaltou a importância das parcerias para que seja feito um mapeamento mais detalhado dos casos e disse que pretende promover outras reuniões durante o ano para tratar do assunto com os profissionais da educação.

Foto: AAS

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